A greve de segunda-feira nas Lojas Francas de Portugal teve a adesão de 78 por cento dos trabalhadores da empresa em Lisboa, revelou a Célula do PCP no Aeroporto da capital. Endereçando «a mais calorosa saudação», os comunistas afirmam que «a determinação e unidade dos trabalhadores deveriam agora merecer da administração mais do que a continuação de uma demagogia epistolar». Indo ao encontro das reivindicações apresentadas pelos sindicatos (Sitava e Sintac), a célula do Partido sublinha que «as LFP não podem continuar sem aumentar os trabalhadores e a fugirem à contratação colectiva» e «o Governo, que tutela a maioria do capital, não pode continuar a fingir que não tem nada a ver com o facto de, apesar dos lucros registados, a empresa recusar a actualização salarial». O PCP «continuará na Assembleia da República a pressionar o Governo», mas a nota da célula realça que «será a luta dos trabalhadores que imporá a defesa dos seus direitos».